Justificativa

O Curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia tem por objetivo dar aos alunos uma sólida formação profissional num ambiente de pluralidade teórico-metodológico. No entanto, o conteúdo e a carga horária das disciplinas trabalhadas, de forma geral, encontram dificuldades de abarcar temas emergentes e atuais do nosso campo do saber. Assim, acabam por limitar a visão da área de estudo como um todo.

Além disso, no curso de Ciências Econômicas na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), observamos que a abordagem dos clássicos, na maioria das vezes, se restringe às interpretações de Adam Smith e David Ricardo. Mais a frente no curso, a exposição da visão de Jonh Maynard Keynes, também induz a pensar que sua interpretação seja uma espécie de palavra final quanto aos pontos tratados. Outros pensadores, apesar de citados no decorrer destes mesmos semestres, não vão além de meras menções sobre pequenas contribuições e / ou controvérsias quanto à interpretação de dados segmentos.

Alfred Marshall, Léon Walras, Vilfredo Pareto, Joan Robinson, Thorstein Veblen, Karl Polanyi e outros, são exemplos dos pensadores mencionados e não aprofundados em razão das questões inicialmente citadas. Referências como Michal Kalecki, Josef Alois Schumpeter, Milton Friedman, Jonh Kenneth Galbraith, Raul Prebisch, Rômulo Almeida, Luiz Razeto, por vezes, apenas ganham poucos instantes de destaque no espaço de tempo das aulas.

As leituras de Smith, Ricardo, Keynes e outros cientistas destacados, por mais relevantes que sejam na fundamentação da economia enquanto ciência não pode ser percebida pelos discentes como o limite do conhecimento ou a única interpretação precisa de qualquer ponto estudado. Dessa forma, percebemos como imprescindível o fomento ao conhecimento de outros estudiosos e as contribuições trazidas por esses à nossa ciência.

Tais limitações não se restringem ao curso de economia da UESB, prova disso é que a LDB de 1996 indicou a necessidade de flexibilizar as matrizes curriculares e as Novas Diretrizes Curriculares do curso de Ciências Econômicas permite a utilização de 240 horas como atividades extracurriculares para formação dos discentes. Tais medidas ampliam o lócus das ações do processo de ensino-aprendizagem das atividades de sala de aula e recomendam a análise de conteúdos que não estejam inseridos nas disciplinas.


Daí justifica-se atividades como a que apresentamos para tratarmos de temas emergentes como economia solidária, econofísica, economia de serviços, governança econômica, bem como autores tais Elinor Ostrom, uma das vencedoras do Prêmio Nobel de Economia da edição 2009; complementando o leque de ações do curso no intuito de alcançar o objetivo de ofertar uma sólida e plural formação aos alunos.

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