sábado, 14 de abril de 2012

Carta ao ERECO Maceió-AL 2012


Carta dos Estudantes do Curso de Ciências Econômicas
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB
Delegação do CA Celso Furtado


A delegação saúda a todas e todos participantes do Encontro Regional dos Estudantes de Economia, da Região Nordeste, na pessoa do representante do CAECO, [Chapa Fortalece Aí]. Ao fazê-lo, estendemos ao corpo Acadêmico da Universidade Federal de Alagoas [UFAL], de maneira especial ao corpo discente/docente. Oportunamente, saudamos também o Departamento de Ciências Sociais Aplicadas, Colegiado de Economia e a Reitoria pela disposição em colaborar com este singular encontro. Aos nossos anfitriões [sede] nossos sinceros agradecimentos pela hospitalidade e carinho.
Esta delegação [Estudantes do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB], devidamente credenciada e com participação ativa no ERECO (2012), sentimos a necessidade de avaliar coletivamente o encontro e, a partir de exposições individuais de cada membro da delegação, manifestar nossa opinião. Portanto, sentimo-nos bastante a vontade para analisar o encontro e, deste modo, tecer considerações acerca da organização, funcionamento e conteúdo das atividades do Encontro Regional dos Estudantes de Economia:


  1. Consideramos que a prossecução das atividades desenvolvidas neste encontro atendeu satisfatoriamente todas as necessidades demandadas pelos estudantes que compõem a delegação da UESB [Ciências Econômicas], conforme dispõe o propósito constitutivo do escopo do projeto;
  2. Entendemos que as ações programáticas do ERECO foram desenvolvidas de forma organizada, responsável e eficiente, atendendo as expectativas objetivas e subjetivas de nossa delegação. Aliás, o que é raro pelo próprio caráter subjetivo da satisfação;
  3. Avaliamos que o ERECO-Maceió apresentou uma relação de especialistas, com estudos acerca dos temas propostos, de varias matizes teóricas para tratar de fenômenos adstritos ao campo das Ciências Econômicas visando elucidar os mecanismos constitutivos da crise europeia e EUA e seus impactos, em maior ou menor escala, na economia brasileira e seu rebatimento [a curto e médio prazo] na economia nordestina;
  4. Ponderamos que todos os palestrantes que apresentaram seus trabalhos-estudos [mesas, minicursos, GD’s e GT’s] o fizeram de forma acessível a partir do dialogo-interação com a realidade educacional dos estudantes, optando sempre por uma metodologia pedagógica que visava consubstanciar o ensino-aprendizado desenvolvido em todos os lócus [Faculdade] sem desprezar a importância dos respectivos fundamentos teóricos. Ao contrário, notamos que houve, na maioria das falas dos palestrantes, o cuidado para a não utilização da cultura do economicismo [conteúdista e pragmático] em decorrência do curso ser bacharelado;
  5. Entendemos que o espaço destinado às apresentações de trabalhos científicos representa uma oportunidade importante para graduandos e graduados apresentarem publicamente o resultado parcial ou conclusivo de suas pesquisas e, assim, fomentar debates, incentivar atividades de pesquisa e contribuir com o desenvolvimento das Ciências Econômicas;
  6. Consideramos que as Ciências Econômicas não devem se limitar ao conceito modal de alocação racional dos recursos escassos, visando exclusivamente o crescimento/desenvolvimento da riqueza da nação [privada], em detrimento da pauperização do tecido social com a precarização resultante do assalariamento das trabalhadoras e trabalhadores;
  7. Consideramos que o ERECO contribuiu para o aprendizado mais eficiente, pois, no que pese saber que o curso de Ciências Econômicas não possui um aporte teórico pedagógico por não ser licenciatura, portanto, voltado para o magistério, precisamos internalizar um novo um ambiente factível aos estudantes, que seja capaz de realizar a contracultura ao academicismo deslocado da realidade [lócus da práxis] da maioria absoluta dos estudantes em função do seu caráter contraproducente que, infelizmente, ainda permeia nossas instituições de ensino superior;
  8. Avaliamos que todos os espaços utilizados pelo ERECO estão em conformidade com o projeto pensado e organizado pelo CA de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Alagoas [UFAL], sem nenhum prejuízo ou comprometimento de parte ou integral de suas estruturas;
  9. Refletimos que todas as atividades culturais desenvolvidas no âmbito da programação cultural do ERECO-Maceió (2012) estão em intensa relação com o ambiente cultural nordestino da juventude, na perspectiva de resignificar conceitos subsumidos pelas ações mercantis da indústria da música que vem adulterando o teor semântico da musica nordestina, pois, visa plasmar um tipo de “música” descartável apta para a cultura de massificação, de outra maneira, subvertendo seu conteúdo literário regional e transformador.
Diante do exposto, nós estudantes, sentimo-nos desejosos de que os próximos encontros possam ocorrer com o mesmo espírito livre, democrático, teórico e lúdico como este evento realizado em Maceió. Também possa absorver nossas sugestões e disposições para continuar colaborando com a formação intelectual dos estudantes do curso de Ciências Econômicas, futuros cientistas sociais.

Maceió, 08 de abril de 2012.

Subscrevem este documento:

1.
Ana Cristina Melo
2.
Daiane Teixeira dos Santos
3.
Engels Oliveira Rocha
4.
Gabriela Meneguitte de Oliveira
5.
Herberson Sousa Silva
6.
Iago Fernandes Botelho e Silva
7.
Igor Nogueira Mirante
8.
Jonathan Izaias Vieira Lopes
9.
Leandra Pereira da Silva
10.
Pedro Henrique Lopes
11.
Sandra Schwaab
12.
Sara Andrade de Oliveira
13.
Taís Varges Freitas
14.
Vinícius Barbosa de Moraes
15.
Vinícius Ribeiro Nolasco

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